A Mulher
e seus traços de luta e educação.
Muitos usam o termo “sexo
frágil” para definir o gênero feminino na sociedade, porém isso é mais um fator
que representa a fragilidade da sociedade diante de toda a fortaleza presente
em cada mulher. As mulheres sofreram todos os tipos de preconceito, escravidão
e injustiças, durante muito tempo, ainda hoje existe certo preconceito e
dificuldade para a libertação das mesmas, porém mais mascarado que antigamente.
Antigamente as mesmas eram impedidas de
trabalhar, estudar e o pior de tudo, de “pensarem”. As mulheres eram tratadas
como se valiam apenas para procriação e para cuidar do lar, marido e filhos.
Na educação, a mulher
começou a ter sua “permissão” para obter conhecimento, meramente para aprender
a cuidar de uma casa, depois partiu para uma educação tímida nas escolas de
ensino fundamental e hoje ocupam o maior percentual de formados em quase todos
os níveis de ensino, principalmente no ensino superior. Foram conquistando seus
espaços aos poucos, porém sempre com muita luta; atuaram em plena ditadura
militar quando organizaram greves de professores para reivindicar melhores
salários e condições de trabalho, lutaram pela democratização entre outras
lutas voltadas para a defesa dos mais diversos aspectos.
Hoje a mulher ocupa seu
espaço no mercado de trabalho, na área educacional, como chefe do lar e como
protagonista de toda sociedade, está nas mais variadas profissões e até mesmo
naquelas consideradas “masculinas” (taxistas, soldado dos bombeiros,
engenheiros etc.).
Todos esses espaços
foram conquistados, grande parte, devido as suas conquistas na educação, ela
propiciou a participação da mulher na sociedade e no meio escolar. As mulheres
participaram da construção histórico-política da sociedade, participam das
atividades econômicas, tem grande participação em projetos de desenvolvimento
sustentável e principalmente é maioria em toda área docente, seja no ensino
básico ou superior; nesta área, suas características são essenciais para a
formação do individuo, pois possuem um lado afetivo aflorado, paciência, senso
de justiça, delicadeza e competência.
Com isso é totalmente
responsável pela formação de moralidade e conhecimentos gerais da maioria da
população e, portanto responsável pela formação de cidadãos e da sociedade como
um todo.
Pensando em todas as
lutas e conquistas realizadas pelas Mulheres, será que conseguiríamos voltar a
viver em uma sociedade na qual as mesmas não tivessem uma participação tão
ativa como nos dias atuais?
Artigos interessantes:
Para refletir, separamos dois artigos interessantes sobre o assunto, o
primeiro traz o tema “O papel da mulher na sociedade” e o outro traz dados
sobre a mulher brasileira nos dias atuais, além de poesias e músicas.
O papel da mulher na sociedade
Muito recentemente, a propaganda de televisão de uma grande marca
mundial de automóveis tentava vender seu produto ilustrando a mudança do papel
social da mulher. Uma jovem com trajes de executiva chegava em casa após um dia
de trabalho e cumprimentava seu marido, o qual estava ocupado preparando a
refeição da família. Para surpresa desse homem, que “comandava” a cozinha e
cuidava de suas filhas, sua esposa o presentearia com um carro novo. A partir
dessa cena, rapidamente aqui descrita, pode surgir a seguinte pergunta: esse
comercial faria sentido décadas atrás? Certamente que não. Contudo, essa
resposta carece de uma explicação menos simplista, e requer uma maior
compreensão do que se chama de questões de gênero e papéis sociais.
Mulheres e homens ao longo de boa parte da história da humanidade
desempenhavam papéis sociais muito diferentes. Mas do que se trata o papel
social? Segundo a Sociologia, trata-se das funções e atividades exercidas pelo
indivíduo em sociedade, principalmente ao desempenhar suas relações sociais ao
viver em grupo. A vida social pressupõe expectativas de comportamentos entre os
indivíduos, e dos indivíduos consigo mesmos. Essas funções e esses padrões
comportamentais variam conforme diversos fatores, como classe social, posição
na divisão social do trabalho, grau de instrução, credo religioso e,
principalmente, segundo o sexo. Dessa forma, as questões de gênero dizem
respeito às relações sociais e aos papéis sociais desempenhados conforme o sexo
do indivíduo, sendo o papel da mulher o mais estudado e discutido dentro dessa
temática, haja vista a desigualdade sexual existente com prejuízo para a figura
feminina. Assim, enquanto o sexo da pessoa está ligado ao aspecto biológico, o
gênero (ou seja, a feminilidade ou masculinidade enquanto comportamentos e
identidade) trata-se de uma construção cultural, fruto da vida em sociedade. Em
outras palavras, as coisas de menino e de menina, de homem e de mulher, podem
variar temporal e historicamente, de cultura em cultura, conforme convenções elaboradas
socialmente.
As diferenças sexuais sempre foram valorizadas ao longo dos séculos
pelos mais diferentes povos em todo o mundo. Algumas culturas – como a
ocidental – associaram a figura feminina ao pecado e à corrupção do homem, como
pode ser visto na tradição judaico-cristã. Da mesma forma, a figura feminina
foi também associada à ideia de uma fragilidade maior que a colocasse em uma
situação de total dependência da figura masculina, seja do pai, do irmão, ou do
marido, dando origem aos moldes de uma cultura patriarcalista e machista.
Assim, esse modelo sugeria a tutela constante das mulheres ao longo de suas
vidas pelos homens, antes e depois do matrimônio.
Aliás, o casamento enquanto ritual marcaria a origem de uma nova família
na qual a mulher assumira o papel de mãe, passando das “mãos” de seu pai para
as de seu noivo, como se vê no ato da cerimônia.
Mas como aqui já se abordou, se as noções de feminilidade e
masculinidade podem mudar ao longo da história conforme as transformações
sociais ocorridas, isto foi o que aconteceu na cultura ocidental, berço do modo
capitalista de produção. Com o surgimento da sociedade industrial, a mulher
assume uma posição como operária nas fábricas e indústrias, deixando o espaço
doméstico como único locus de seu trabalho diário. Se outrora a mulher deveria
apenas servir ao marido e aos filhos nos afazeres domésticos, ou apenas se
limitando às tarefas no campo – no caso das camponesas europeias, a Revolução
Industrial traria uma nova realidade econômica que a levaria ao trabalho junto
às máquinas de tear. Obviamente, não foram poucos os problemas enfrentados
pelas mulheres, principalmente ao se considerar o contexto hostil de um regime
de trabalho exaustivo no início do processo de industrialização e formação dos
grandes centros urbanos.
Após um longo período de opressão e discriminação, a passagem do século
XIX para o XX ficou marcada pelo recrudescimento do movimento feminista, o qual
ganharia voz e representatividade política mais tarde em todo o mundo na luta
pelos direitos das mulheres, dentre eles o direito ao voto. Essa luta pela
cidadania não seria fácil, arrastando-se por anos. Prova disso está no fato de
que a participação do voto feminino é um fenômeno também recente para a
história do Brasil. Embora a proclamação da República tenha ocorrido em 1889,
foi apenas em 1932 que as mulheres brasileiras puderam votar efetivamente. Esta
restrição ao voto e à participação feminina no Brasil seriam consequência do
predomínio de uma organização social patriarcal, na qual a figura feminina
estava em segundo plano. Mesmo com alguns avanços, ainda no início da segunda
metade do século XX, as mulheres sofriam as consequências do preconceito e do
status de inferioridade. Aquele modelo de família norte-americana estava em seu
auge, em que a figura feminina era imaginada de avental e com bobs nos cabelos,
no meio da cozinha, envolta por liquidificador, batedeira, fogão, entre outros
utensílios domésticos. Seria apenas no transcorrer das décadas de 50, 60 e 70
que o mundo assistiria mudanças fundamentais no papel social da mulher,
mudanças estas significativas para os dias de hoje. O movimento contracultural
encabeçado por jovens (a exemplo do movimento Hippie) transgressores dos
padrões culturais ocidentais outrora predominantes defendiam uma revolução e
liberação sexual, quebrando tabus para o sexo feminino, não apenas em relação à
sexualidade, mas também no que dizia respeito ao divórcio.
Como se sabe, o desenvolvimento de novas tecnologias para a produção
requer cada vez menos o trabalho braçal, necessitando-se cada vez mais de
trabalho intelectual. Consequentemente, criam-se condições cada vez mais
favoráveis para a inserção do trabalho da mulher nos mais diferentes ramos de
atividade. Ao estudar cada vez mais, as mulheres se preparam para assumir não
apenas outras funções no mercado de trabalho, mas sim para assumir aquelas de
comando, liderança, cargos em que antes predominavam o terno e a gravata. Essa
guinada em seu papel social reflete não apenas nas relações de trabalhos em si,
mas fundamentalmente nas relações sociais com os homens de maneira em geral.
Isto significa que mudanças no papel da mulher requerem mudanças no papel do
homem, o qual passa por uma crise de identidade ao ter de dividir um espaço no
qual outrora reinava absoluto.
Mulheres com maior grau de escolaridade diminuem as taxas de natalidade
(têm menos filhos), casam-se com idades mais avançadas, possuem maior
expectativa de vida e podem assumir o comando da família como no exemplo da
propaganda de automóvel citada. Obviamente, vale dizer que as aspirações
femininas variam conforme seu nível de esclarecimento, mas também conforme a
cultura em que a mulher está inserida.
Contudo, é preciso se pensar que mesmo com todas essas mudanças no papel
da mulher, ainda não há igualdade de salários, mesmo que desempenhem as mesmas
funções profissionais, ainda havendo o que se chama de preconceito de gênero.
Além disso, a mulher ainda acaba por acumular algumas funções domésticas
assimiladas culturalmente como se fossem sua obrigação e não do homem – funções
de dona de casa. Da mesma forma, infelizmente a questão da violência contra a
mulher ainda é um dos problemas a serem superados, embora a “Lei Maria da
Penha” signifique um avanço na luta pela defesa da integridade da mulher
brasileira.
Mas a pergunta principal vem à tona: qual o papel da mulher na sociedade
atual? Pode-se afirmar que a mulher de hoje tem uma maior autonomia, liberdade
de expressão, bem como emancipou seu corpo, suas ideias e posicionamentos
outrora sufocados. Em outras palavras, a mulher do século XXI deixou de ser
coadjuvante para assumir um lugar diferente na sociedade, com novas liberdades,
possibilidades e responsabilidades, dando voz ativa a seu senso crítico.
Deixou-se de acreditar numa inferioridade natural da mulher diante da figura
masculina nos mais diferentes âmbitos da vida social, inferioridade esta aceita
e assumida muitas vezes mesmo por algumas mulheres.
Hoje as mulheres não ficam apenas restritas ao lar (como donas de casa),
mas comandam escolas, universidades, empresas, cidades e, até mesmo, países, a
exemplo da presidenta Dilma Roussef, primeira mulher a assumir o cargo mais
importante da República. Dessa forma, se por um lado a inversão dos papéis
sociais ilustrada pela campanha publicitária (citada no início do texto) de um
automóvel está em dissonância com um passado não tão distante, por outro lado
mostra os sinais de um novo tempo que já se iniciou. Contudo, avanços à parte,
é preciso que se diga que as questões de gênero no Brasil e no mundo devem
sempre estar na pauta das discussões da sociedade civil e do Estado, dada a
importância da defesa dos direitos e da igualdade entre os indivíduos na
construção de um mundo mais justo.
Por: Paulo Silvino Ribeiro
Colaborador Brasil Escola
Bacharel em Ciências Sociais pela UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas.
Colaborador Brasil Escola
Bacharel em Ciências Sociais pela UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas.
Mestre em Sociologia
pela UNESP - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"
Doutorando em Sociologia pela UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas
Doutorando em Sociologia pela UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas
11 dados para quem quer
entender a mulher brasileira de hoje.
(08/03/2013 Marcos PRATES)
(08/03/2013 Marcos PRATES)
EXAME.com selecionou 11 dados que, para se celebrar ou não, ajudam a
esclarecer o papel da mulher na sociedade brasileira hoje.
1) A renda delas cresce mais rápido que a deles: Entre
2003 e 2010, a renda de todas as mulheres brasileiras cresceu 83%, segundo o Data
Popular. A deles, no mesmo período, subiu bem menos, 45%.
2) Mas ainda assim, elas só ganham o mesmo que os homens há 10
anos.
Somando os ganhos de todas as mulheres do país em 2013, o montante atingido, R$ 1,1 trilhão, é o mesmo da renda dos homens – em 2003.
Somando os ganhos de todas as mulheres do país em 2013, o montante atingido, R$ 1,1 trilhão, é o mesmo da renda dos homens – em 2003.
3) E elas ainda estudam mais: Na média
da população brasileira, elas têm 10,7 anos de
estudo, enquanto eles ficam com 9,2 anos, de acordo com o IBGE. Isso no mercado
de trabalho formal, entre as pessoas com mais de 16 anos. Mas mesmo
considerando aqueles cidadãos sem carteira assinada, a lógica se mantém: elas
passaram 7,3 anos na escola; os homens, 6,1.
4) Só que quanto mais estudam, maior a diferença dos salários
delas para o deles...
A mulher analfabeta ganha 85% do salário de um homem também analfabeto. Se ela e ele têm curso superior, então a diferença aumenta: aí ela só consegue 60% do rendimento masculino, segundo o Ministério do Trabalho.
A mulher analfabeta ganha 85% do salário de um homem também analfabeto. Se ela e ele têm curso superior, então a diferença aumenta: aí ela só consegue 60% do rendimento masculino, segundo o Ministério do Trabalho.
5) ... E isso vale até para CEOs - E
engana-se quem acha que as diferenças de ganhos só valem para empregos que
ninguém quer: embora com soldos ainda invejosos, até mulheres CEOs ganham menos que
os homens com cargos correspondentes. Quarenta e dois por cento a menos, no
caso.
6) E são elas que ainda dão conta dos dois turnos - Pode
ser que na casa de várias pessoas as tarefas já sejam divididas de comum e
simétrico acordo por homens e mulheres, mas, no Brasil, as mulheres ainda prevalecem na
hora de se sobrecarregar com os afazeres domésticos. Segundo o IBGE, caso
fossem consideradas apenas as horas passadas no emprego, no final da semana os
homens teriam trabalhado mais. Mas jogue na balança o que é feito em casa,
então as mulheres passam 63,9 horas ocupadas por semana. Eles, 53,7.
7) Filho depois dos 30 já não assusta... São números do IBGE: no ano 2000, era mais comum encontrar
adolescentes entre 15 e 19 anos grávidas que mulheres entre 30 a 34. No Censo
de 2010, a realidade se inverteu, e o percentual de mulheres que engravidam no
segundo intervalo passou de 14,4 para 18,3% do total. A maioria das gravidezes,
porém, ainda ocorre na casa dos 20 anos.
8) E
marido também não - Também é o IBGE que constata: no começo deste século, uma em cada 10 noivas tinha
entre 30 e 34 anos ao subir o altar. Em 2011, já eram duas em cada 10. Parte da
causa são os casamentos mais tardios, simplesmente. Outra, porém, são os
chamados recasamentos.
9) A quantidade de filhos que elas têm já não repõe a população
brasileira: A média de filhos das brasileiras hoje é de 1,9 bebê por mulher. A
chamada taxa de reposição de um país precisa ser de 2,1 filhos.
10) Elas ainda são mais vítimas de violência: Na rede pública de saúde, 2,5 vezes mais mulheres do que
homens precisam de atendimento vítimas de violência. A Lei Maria da Penha ainda
tem um longo caminho no país.
11) As mulheres brasileiras são poderosas internacionalmente: O Brasil tem duas representantes entre as 20 mulheres mais poderosas do mundo na lista elaborada pela Forbes.
11) As mulheres brasileiras são poderosas internacionalmente: O Brasil tem duas representantes entre as 20 mulheres mais poderosas do mundo na lista elaborada pela Forbes.
POESIAS
Sexo Frágil
Mulheres
pelas ruas Avantes...
Indo, vindo
Aptas a
qualquer momento
Para
qualquer movimento
Mães
Mulheres
Fortes
Ousadas
Preparadas
Risos
Lágrimas
Comuns, no
entanto
De salto
alto no mundo
Que é uma
bola
Gira
À vontade
De ser quem
quiser ser
Vencer é
pouco
Pra quem
quer viver
Mulher
forte mulher
Quem foi
mesmo que disse que mulher é o sexo frágil?
Não convive
de perto com uma. (Ibeane
Campos Moreira)
Mulheres
Nós não queremos
Ser simplesmente
Mulheres displicentes
Queremos da vida
Muito mais
Que o ato de ser gente!
Somos uma classe
Que não se intimida
Frente às dificuldades
Já estamos de braços dados
Segurando a bandeira da paz
Agradecemos a cada despertar
Pela oportunidade de
recomeçar
Aprendemos a viver com intensidade
Celebrar o dom da vida
E esperar sempre pelo próximo
amanhecer
Se Deus quiser, e ele quer!
Você que é mulher
Tão forte!
Não fuja
Dias melhores virão... (Ibeane
Campos Moreira)
MÚSICAS
Mulher
Pra
descrever uma mulher
Não é do jeito que quiser
Primeiro tem que ser sensível
Senão, é impossível
Quem vê por fora, não vai ver
Por dentro o que ela é
É um risco tentar resumir
Mulher...
De um lado é corpo e sedução
Do outro força e coração
É fera e sabe machucar
Mas a primeira a te curar
E sempre faz o que bem quer
Ninguém pode impedir
E assim começa a definir
Mulher...
Mulher...
Entre tudo o que existe é
principal
Pra
você gerar a vida é natural
Esse é
o mundo da mulher...
Mulher..
Que a divina natureza fez surgir
A mais linda obra prima que
alguém já viu
Assim nasceu a mulher
Nas mãos de Deus...
Por mais que o homem possa ter
Sem ela não dá pra viver
As vezes pede proteção
Pra ter um pouco de atenção
Se finge ser tão frágil mas,
domina quem quiser
Pois
ninguém pode definir
Mulher...
Mulher...
Entre tudo que existe é principal
Pra você gerar a vida é natural
Esse é
o mundo da mulher
Mulher...
Que a
divina natureza fez surgir
A mais
linda obra prima que alguém já viu
Assim nasceu a mulher
Nas
mãos de Deus...
Mulher....
mulher .... mulher (Elba Ramalho)
Mulher
Eu sou a mãe da praça de maio
Sou alma dilacerada
Sou Zuzu Angel, sou Sharon Tate
O espectro da mulher assassinada
Em nome do amor
Sou a mulher abandonada
Pelo
homem que inventou
Outra mais menina Sou Cecília, Adélia,
Cora Coralina
Sou Leila e Angela Diniz
Eu sou Elis Eu sou assim
Sou o grito que reclama a paz
Eu sou a chama da transformação
Sorriso meu, meus ais
Grande emoção
Que privilégio poder trazer
No ventre a luz capaz de eternizar
Em nós sonho de criança
Tua herança Eu sou a moça violentada
Sou Mônica, sou a Cláudia Eu sou
Marilyn, Aída sou
A dona de casa enjaulada
Sem poder sair
Sou Janis Joplin drogada
Eu sou Rita Lee ou a mulher da rua
Sou a que posa na revista nua
Sou Simone de Beauvoir
Eu sou Dadá
Eu sou assim...
Ainda sou a operária Doméstica,
humilhada
Eu sou a fiel e safada
Aquela que vê a novela
A
que disse não
Sou a que sonha com artista
De televisão
A que faz a feira
Sou o feitiço, sou a feiticeira
Sou a que cedeu ao patrão
Sou
a solidão
Eu sou assim.
(Geraldo
Azevedo)
Bibliografia:
ARANHA, Maria Lucia de Arruda. Filosofia da Educação. 3ª ed. São Paulo:
Moderna, 2006. – PLT n° 285
Brasil Escola – Disponível
em <http://www.brasilescola.com/sociologia/o-papel-mulher-na-sociedade.htm>
Acesso em 05 de Novembro de 2014 as 23:20 horas.
Recanto das
Letras - Disponível em < http://www.recantodasletras.com.br/autor.php?> Acesso em 05 de Nov. de 2014 as 23:00 horas.
Vagalume
– Disponível em <http://www.vagalume.com.br/elba-ramalho/mulher>
Acesso em 05 de
Novembro de 2014 as 23:40 horas.
Imagens - Disponível em <http://www.google.com.br > Acesso em 07 de Novembro de 2014 as 21:00 horas.
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