A Filosofia está
completamente presente na Educação, principalmente na parte de que envolve
qualidade e melhorias, ela é a principal responsável pela a evolução de métodos
e formas de aprendizagem. Com isso, publicaremos sobre filósofos e pensadores
que auxiliaram na transformação da Educação com pensamentos, ideias e/ou ações,
os escolhidos são: Decroly, Dewey, Marx e Sérgio Buarque de Holanda.
DECROLY
Jean Ovide Decroly nasceu em 1871,
na Bélgica, filho de um industrial e de uma professora de música. Formou-se em
medicina, estudando neurologia na Bélgica e na Alemanha. Sua atenção foi focada
desde o início para as crianças deficientes mentais, com isso, fez sua
transição da medicina para a educação. Por essa época criou uma disciplina, a
"pedotecnia", dirigida ao estudo das atividades pedagógicas coordenadas
ao conhecimento da evolução física e mental das crianças. Em 1907, fundou e dirigiu a École d’Ermitage, em Bruxelas, para crianças consideradas
"normais". A escola, que se tornou célebre em toda a Europa, serviu
de espaço de experimentação para o próprio Decroly que aplicou ao ensino
de crianças normais as conclusões extraídas da educação de excepcionais “Montessoriana”. Decroly escreveu mais
de 400 livros, mas nunca sistematizou seu método por escrito, por julgá-lo em
construção permanente. Morreu em 1932, em Uccle, na região de Bruxelas.
Entre os pensadores da educação que, na
virada do século 19 para o 20, contestaram o modelo de escola que existia até
então e propuseram uma nova concepção de ensino, o belga Ovide Decroly foi
provavelmente o mais combativo. Por ter sido, na infância, um estudante
indisciplinado, que não se adaptava ao autoritarismo da sala de aula nem do
próprio pai, Decroly dedicou-se apaixonadamente a experimentar uma escola
centrada no aluno, e não no professor, e que preparasse as crianças para viver
em sociedade, em vez de simplesmente fornecer a elas conhecimentos destinados a
sua formação profissional.
Decroly foi um dos precursores dos métodos
ativos, fundamentados na possibilidade de o aluno conduzir o próprio
aprendizado e, assim, aprender a aprender. Alguns de seus pensamentos estão bem
vivos nas salas de aula e coincidem com propostas pedagógicas difundidas
atualmente. É o caso da ideia de globalização de conhecimentos - que inclui o
chamado método global de alfabetização - e dos centros de interesse. O
princípio de globalização de Decroly se baseia na ideia de que as crianças
apreendem o mundo com base em uma visão do todo, que posteriormente pode se
organizar em partes, ou seja, que vai do caos à ordem. O modo mais adequado de
aprender a ler, portanto, teria seu início nas atividades de associação de
significados, de discursos completos, e não do conhecimento isolado de sílabas
e letras.
Os centros de interesse são grupos de
aprendizado organizados segundo faixas de idade dos estudantes. Eles também
foram concebidos com base nas etapas da evolução neurológica infantil e na
convicção de que as crianças entram na escola dotadas de condições biológicas
suficientes para procurar e desenvolver os conhecimentos de seu interesse.
"A criança tem espírito de observação; basta não matá-lo", escreveu
Decroly.
O conceito de interesse é fundamental no
pensamento de Decroly. Segundo ele, a necessidade gera o interesse e só este
leva ao conhecimento. Para ele, as quatro necessidades humanas principais são
comer, abrigar-se, defender- se e produzir. Decroly preferia o trabalho em
grupos, uma vez que a escola, para ele, deveria preparar para o convívio em
sociedade.
Os métodos e as atividades propostos pelo
educador têm por objetivo, fundamentalmente, desenvolver três atributos: a
observação, a associação e a expressão. A observação é compreendida como uma
atitude constante no processo educativo. A associação permite que o
conhecimento adquirido pela observação seja entendido em termos de tempo e de
espaço. E a expressão faz com que a criança externe e compartilhe o que
aprendeu.
No
campo da expressão, Decroly dedicou cuidadosa atenção à questão da linguagem.
Para ele, não só a palavra é meio de expressão mas também, entre outros, o
corpo, o desenho, a construção e a arte.
Com a
ampliação do conceito de linguagem, que a linguística viria a atestar,
Decroly pretendia dissociar a ideia de inteligência da capacidade de dominar a
linguagem convencional, valorizando expressões "concretas" como os
trabalhos manuais, os esportes e os desenhos.
A marca principal da escola
decroliana são os centros de interesse, nos quais os alunos escolhem o que
querem aprender. São eles também que constroem o próprio currículo, segundo sua
curiosidade e sem a separação tradicional entre as disciplinas. Os planos de
estudo dos centros de interesse podem surgir, entre as crianças menores, das
questões mais corriqueiras.
Frases (Decroly):
"Convém que o trabalho das
crianças não seja uma simples cópia; é necessário que
seja realmente a expressão de seu
pensamento"
"O meio natural é o verdadeiro
material intuitivo capaz de estimular forças escondidas da criança"
Autorretrato
(Decroly):
Fonte da imagem: Educar para Crescer (site)
DEWEY
John Dewey
nasceu em 1859 em Burlington, no estado norte-americano de Vermont. Estudou artes e filosofia e tornou-se
professor da Universidade de Minnesota. Escreveu sobre filosofia e Educação,
além de arte, religião, moral, teoria do conhecimento, psicologia e política.
Seu interesse por pedagogia nasceu da observação de que a escola de seu tempo
continuava, em grande parte, orientada por valores tradicionais, e não havia
incorporado às descobertas da psicologia, nem acompanhara os avanços políticos
e sociais. Fiel à causa democrática, ele participou de vários movimentos
sociais. Criou uma universidade-exílio para acolher estudantes perseguidos em
países de regime totalitário. Morreu em 1952, aos 93 anos.
Acreditava na necessidade de valorização da
capacidade de pensar dos alunos. Na importância de prepara-los para questionar
a realidade, de unir teoria e prática e no uso da problematização, com isso,
influenciou educadores de várias partes do mundo. No Brasil inspirou o
movimento da Escola Nova, liderado por Anísio Teixeira, ao colocar a atividade
prática e a democracia como importantes ingredientes da educação.
Dewey é o nome mais célebre da corrente
filosófica que ficou conhecida como pragmatismo, embora ele preferisse o nome
instrumentalismo, uma vez que, para essa escola de pensamento, as ideias só têm
importância desde que sirvam de instrumento para a resolução de problemas
reais. No campo específico da pedagogia, a teoria de Dewey se inscreve na
chamada educação progressiva. Um de seus principais objetivos é educar a
criança como um todo, educando para o crescimento físico, emocional e
intelectual.
O princípio é que os alunos aprendem melhor
realizando tarefas associadas aos conteúdos ensinados. Atividades manuais e
criativas ganharam destaque no currículo e as crianças passaram a ser
estimuladas a experimentar e pensar por si mesmas. Nesse contexto, a democracia
ganha peso, por ser a ordem política que permite o maior desenvolvimento dos
indivíduos, no papel de decidir em conjunto o destino do grupo a que pertencem.
Dewey defendia a democracia não só no campo institucional, mas também no
interior das escolas.
Influenciado pelo empirismo, Dewey criou uma
escola-laboratório ligada à universidade onde lecionava para testar métodos
pedagógicos. Ele insistia na necessidade de estreitar a relação entre teoria e
prática, pois acreditava que as hipóteses teóricas só têm sentido no dia a dia.
Outro ponto chave de sua teoria é a crença de que o conhecimento é construído
de consensos, que por sua vez resultam de discussões coletivas. "O
aprendizado se dá quando compartilhamos experiências, e isso só é possível num
ambiente democrático, onde não haja barreiras ao intercâmbio de
pensamento", escreveu. Por isso, a escola deve proporcionar práticas conjuntas
e promover situações de cooperação, em vez de lidar com as crianças de forma
isolada.
Seu grande mérito foi ter sido um dos
primeiros a chamar a atenção para a capacidade de pensar dos alunos. Dewey
acreditava que, para o sucesso do processo educativo, bastava um grupo de
pessoas se comunicando e trocando ideias, sentimentos e experiências sobre as
situações práticas do dia a dia. Ao mesmo tempo, reconhecia que, à medida que
as sociedades foram ficando complexas, a distância entre adultos e crianças se
ampliou demais. Daí a necessidade da escola, um espaço onde as pessoas se
encontram para educar e ser educadas. O papel dessa instituição, segundo ele, é
reproduzir a comunidade em miniatura, apresentar o mundo de um modo
simplificado e organizado e, aos poucos, conduzir as crianças ao sentido e à
compreensão das coisas mais complexas. Em outras palavras, o objetivo da escola
deveria ser ensinar a criança a viver no mundo.
“Afinal, as crianças não estão, num dado
momento, sendo preparadas para a vida e, em outro, vivendo", ensinou,
argumentando que o aprendizado se dá justamente quando os alunos são colocados
diante de problemas reais. A Educação, na visão deweyana, é "uma constante
reconstrução da experiência, de forma a dar-lhe cada vez mais sentido e a
habilitar as novas gerações a responder aos desafios da sociedade".
Educar, portanto, é mais do que reproduzir conhecimentos. É incentivar o desejo
de desenvolvimento contínuo, preparar pessoas para transformar algo. A experiência educativa é, para Dewey,
reflexiva, resultando em novos conhecimentos. Deve seguir alguns pontos
essenciais: que o aluno esteja numa verdadeira situação de experimentação, que
a atividade o interesse, que haja um problema a resolver, que ele possua os
conhecimentos para agir diante da situação e que tenha a chance de testar suas ideias.
Reflexão e ação devem estar ligadas, são parte de um todo indivisível. Dewey
acreditava que só a inteligência dá ao homem a capacidade de modificar o
ambiente a seu redor.
A filosofia deweyana remete a uma prática docente
baseada na liberdade do aluno para elaborar as próprias certezas, os próprios
conhecimentos, as próprias regras morais. Isso não significa reduzir a
importância do currículo ou dos saberes do educador. Para Dewey, o professor
deve apresentar os conteúdos escolares na forma de questões ou problemas e
jamais dar de antemão respostas ou soluções prontas. Em lugar de começar com
definições ou conceitos já elaborados, deve usar procedimentos que façam o aluno
raciocinar e elaborar os próprios conceitos para depois confrontar com o
conhecimento sistematizado. Pode-se afirmar que as teorias mais modernas da
didática, como o construtivismo e as bases teóricas dos Parâmetros Curriculares
Nacionais, têm inspiração nas ideias do educador.
Frases (John Dewey):
"O professor que desperta entusiasmo em seus alunos conseguiu algo que
nenhuma soma de métodos sistematizados, por mais corretos que sejam, pode obter."
"A meta da vida não é a perfeição, mas o eterno processo de
aperfeiçoamento, amadurecimento, refinamento."
Autorretrato
(John Dewey):
Fonte da Imagem: Educar para Crescer (site)
MARX
Karl Heinrich Marx
nasceu em 1818, Alemanha, cursou Filosofia, Direito e História nas
Universidades de Bonn e Berlim. Era economista, cientista social,
revolucionário socialista e idealizador de uma sociedade com uma distribuição
de renda justa e equilibrada.
Este filósofo alemão
foi expulso da maior parte dos países europeus devido ao seu radicalismo. Seu
envolvimento com radicais franceses e alemães, no período de 1840, fez com que
ele levantasse a bandeira do comunismo e atacasse o sistema capitalista.
Segundo este economista,
o capitalismo era o principal responsável pela desorientação humana. Ele
defendia a ideia de que a classe trabalhadora deveria unir-se com o propósito
de derrubar os capitalistas e aniquilar de vez a característica abusiva deste
sistema que, segundo ele, era o maior responsável pelas crises que se viam cada
vez mais intensificadas pelas grandes diferenças sociais.
Este grande revolucionário, que também participou ativamente
de organizações clandestinas com operários exilados, foi o criador da obra o
Capital, livro publicado em 1867, que tem como tema principal a economia. Seu
livro mostra estudos sobre o acúmulo de capital, identificando que o excedente
originado pelos trabalhadores acaba sempre nas mãos dos capitalistas, classe
que fica cada vez mais rica à custa do empobrecimento do proletariado. Com a
colaboração de Engels, Marx escreveu também o Manifesto Comunista, onde não
poupou críticas ao capitalismo. A
teoria defendida por Karl Marx fundamenta – se na crítica radical do
capitalismo, onde predomina a exploração do trabalhador pela burguesia. Sob a
sua óptica, havia aqueles que possuíam o capital produtivo com o qual
expropriavam a maior valia,
constituindo assim a classe exploradora (burguesia); de outro lado estavam os
assalariados que não possuíam a propriedade (proletários).
Com esta estrutura, Marx acreditava que a Educação era parte
da superestrutura de controle usada pelas classes dominantes. Desacreditava no
currículo que ela traria e na forma como seria ensinado. Defendia a educação
técnica e industrial (essas ideias tiveram um impacto posterior na educação,
especialmente no que diz respeito à educação tecnológica).
Karl Marx defendia a educação pública e gratuita para todas
as crianças. Esta era, na sua visão, a solução para retirá-las do trabalho nas
fábricas. Defendia, ainda, que a educação deveria formar o homem nos aspectos
físico, mental e técnico, trazendo os panoramas do estudo, lazer e trabalho. O
intuito fundamental deveria produzir seres humanos desenvolvidos integralmente
através do trabalho produtivo, escolaridade e ginástica.
Direta ou
indiretamente, a obra do filósofo alemão originou várias vertentes pedagógicas
comprometidas com a mudança da sociedade. "A educação, para Marx,
participa do processo de transformação das condições sociais, mas, ao mesmo
tempo, é condicionada pelo processo", diz Leandro Konder, professor da
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.
Este notável personagem histórico faleceu em
Londres, Inglaterra, em 14 de março de 1883, deixando muitos seguidores de seus
ideais. Lênin foi um deles, e, na União Soviética,
utilizou as ideias marxistas para sustentar o comunismo, que, sob sua
liderança, foi renomeado para marxismo-leninismo. Contudo, alguns marxistas
discordavam de certos caminhos escolhidos pelo líder russo.
Em 1932 foram descobertos
e editados em Moscou os Manuscritos Econômico-Filosóficos, redigidos em 1844 e
deixados inacabados. É o esboço de um socialismo humanista, que se preocupa
principalmente com a alienação do homem; sobre a compatibilidade ou não deste
humanismo com o marxismo posterior, a discussão não está
encerrada.
Até hoje, as ideias
marxistas continuam a influenciar muitos historiadores e cientistas sociais
que, independente de aceitarem ou não as teorias do pensador alemão, concordam
com a ideia de que para se compreender uma sociedade deve-se entender
primeiramente sua forma de produção.
Frase (Karl Marx) :
“Interpretamos
(filósofos) o mundo de várias formas, cabe agora transforma-lo.”
Autorretrato
(Karl Marx):
Fonte da imagem: Site Educar para Crescer
SÉRGIO BUARQUE
Sérgio Buarque de Holanda,
brasileiro, nascido em São Paulo foi jornalista,
sociólogo e historiador brasileiro e um dos maiores intelectuais brasileiros do
século XX, que tentou interpretar o Brasil, sua estrutura social e política, a
partir das raízes históricas nacionais. Antes de se tornar historiador e
escrever, foi jornalista e tornou-se amigo dos principais representantes do
Modernismo, como Mário de Andrade e Oswald de Andrade, e passou a escrever em
revistas ligadas ao movimento. Além disso, trabalhou em agências de notícias internacionais
e diversos órgãos da imprensa brasileira, como o “Jornal do Brasil” e a “Folha
de S. Paulo”, durante muitos anos da sua vida.
Mudou-se com a família para o Rio de Janeiro (1921) e
participou ativamente do Movimento Modernista (1922). Formou-se em Direito
(1925), pela extinta Universidade do Brasil, mas continuou exercendo o
jornalismo e chegou a ser correspondente internacional dos Diários Associados,
na Europa. Entrou em contato com o movimento modernista europeu, conheceu a
obra do sociólogo alemão Max Weber e presenciou a ascensão do nazismo na
Alemanha. De volta ao Brasil (1936), passou a ensinar História Moderna e
Contemporânea na então Universidade do Distrito Federal e publicou o seu
clássico Raízes do Brasil(1936).
Prestigiado
internacionalmente, foi para a Itália (1952) e fez parte da cadeira de Estudos
Brasileiros na Universidade de Roma, durante dois anos. Tornou-se catedrático
de História da Civilização Brasileira, USP (1958), onde permaneceu até se
aposentar como professor (1969). Em 1979, recebeu o prêmio Juca Pato como
intelectual do ano e no ano seguinte, foi membro-fundador do Partido dos
Trabalhadores.
Foi casado com Maria
Amélia Alvim Buarque de Holanda com quem teve sete filhos e com quem viveu até
a sua morte em 1982. Autor de grandes obras, dentre elas, merecem ainda destaque
Cobra de Vidro (1934), Monções (1945) e Visão do Paraíso (1958).
Frase (Sérgio
Buarque de Holanda):
"A cordialidade...a
lhaneza no trato, a hospitalidade, a generosidade, virtudes tão gabadas por
estrangeiros que nos visitam, representam com efeito um traço definitivo do
caráter brasileiro..."
(Raízes do Brasil, 1936)
“Para estudar o passado de um povo, de
uma instituição, de uma classe, não basta aceitar ao pé da letra tudo quanto
nos deixou a simples tradição escrita. É preciso fazer falar a multidão imensa
dos figurantes mudos que enchem o panorama da história e são muitas vezes mais
interessantes e mais importantes do que os outros, os que apenas escrevem a
história.”
Autorretrato (Sérgio Buarque de Holanda):
Fonte da Imagem: Brasil Escola (site)
Nova Escola – Disponível em:<http://revistaescola.abril.com.br/formacao/john-dewey-428136.shtml> E <http://revistaescola.abril.com.br/formacao/karl-marx-filosofo-revolucao-428135.shtml> . Acesso em 23 de Nov. de 2014 as 19:00 horas.
Educar Para Crescer – Disponível em:<http://educarparacrescer.abril.com.br/john-dewey>. Acesso em 23 de novembro de 2014 as
19:00 horas.
InfoEscola – Disponível em: <http://www.infoescola.com/biografias/karl-marx/>.Acesso
em 23 de novembro de 2014 as 19:30 horas.
Sua Pesquisa – Disponível em: <http://www.suapesquisa.com/biografias/marx/>.
Acesso em
23 de novembro de 2014 as 20:00 horas.
Brasil Escola – Disponível em: <http://www.brasilescola.com/biografia/sergio-buarque-holanda.htm>
- Acesso em 23 de novembro de 2014 as 22:00 horas.